domingo, 4 de novembro de 2012

CASA DE GARIBALDI – PIRATINI, RS TOMO I


Casa Onde Habitou Garibaldi em Piratini/RS e Onde Luigi Rossetti Editava o Jornal o Povo.





CASA DE GARIBALDI – PIRATINI, RS TOMO I
Sua construção remonta das duas primeiras décadas de 1800. Prédio onde residiram Garibaldi e Rosseti e também onde foram instaladas as oficinas do Jornal O POVO, durante a Revolução Farroupilha.


Este importante
prédio histórico da cidade de Piratini, no Rio Grande do Sul, relevantes na história do estado.
Na casa - à Av. Bento Gonçalves nº 182 - construída entre 1830 e 1832, à época localizada na antiga Rua Clara (a primeira ter calçamento na cidade), residia Giuseppe Garibaldi, que morou em Piratini quando a cidade foi Capital Farroupilha, em companhia de Luigi Rosseti. Lá foi instalada a Tipografia Republicana Rio-grandense, responsável pela publicação do Jornal O Povo, que foi o órgão oficial da República Rio-grandense de 1837 até janeiro de 1839. Este jornal foi criado por Domingos José de Almeida para divulgar os atos oficiais dos Farroupilhas. O primeiro número foi editado em 1º de setembro de 1838 com Rossetti como responsável pela sua redação. A casa é tombada pelo IPHAN desde 3 de outubro de 1941.



                                                         

                                                        CALIGRAFIA DE G.GARIBALDI


 


Giuseppe Garibaldi [n. 4 de Julho de 1807] foi uma das personagens mais notáveis, complexas [a sua bibliografia é copiosa, por vezes contraditória] e marcantes do século XIX. Nascido em Nice [ou Nizza], este marinheiro (e capitão mercador ou "capitão do mar") idealista e sonhador italiano, que lutou pela unificação (e republicanização) de Itália, na sua epopeia, quase lendária, atravessou continentes [daí a alcunha de "herói de dois mundos"], deixando um enorme lastro de fraternidade, respeito (e temor, da parte dos seus inimigos). Republicano, maçom e carbonário, Giuseppe Garibaldi participa em várias conspirações e revoltas, tornando-se uma das maiores figuras da unificação italiana e um herói da luta contra a tirania e a intolerância. 
Garibaldi, então na Rússia (1833), conhece o carbonário Giovanni Cuneo, entrando em contato com a sociedade secreta "Jovem Itália", fundada pelo revolucionário místico e republicano Giuseppe Mazzini [nacionalista italiano, dirigente da Carbonária e do movimento clandestino "Jovem Itália", fundada em 1831 em Marselha, e um dos "santos patronos" do Risorgimento Italiano, onde figuram também Giuseppi Verdi e o próprio Giuseppi Garibaldi – sobre o pensamento de Mazzini veja-se o seu livro "Doveri dell’uomo"; diga-se que o "Manifesto" republicano da "Jovem Itália", lançado por Mazzini, foi rapidamente difundido em vários países, entre os quais o Brasil - via o periódico "O Povo", Rio de Janeiro -, na Argentina ou o Uruguai], aderindo aos seus princípios [faz parte, com Cavour e Mazzini, da sua direção] e ao sonho da unificação da península e, por isso, em 1835 toma parte da tentativa fracassada da conquista de Nápoles. 

Após a sentença de condenação à morte pela corte genovesa parte para o exílio. Chega, depois de passagem por Marselha e a Tunísia, ao Brasil [finais de 1835? Janeiro 1936?  integrando-se na rede local de jovens exilados mazzinianos da "Jovem Itália", maçons e carbonários, como Luigi Rossetti, Tito Livio Zambeccari, Giuseppe Stefano Grondona, Cuneo, Pietro Gaggini, Giacomo Picasso ou Luigi Carniglia, trabalhando e "navegando como comerciante", evidentemente com o apoio dos "Bons Primos". 






Irmãos de armas durante quase quatro anos na Revolução Farroupilha, Luigi Rossetti e Giuseppe Garibaldi lembram “ Os irmãos Corsos” de Alexandre Dumas. Um intelctual, outro guerreiro, mas ambos idealista e valentes.



                            LUIGI ROSSETTI

Luigi Rossetti (Gênova, Itália 1800  Viamão, 24 de novembro de 1840) foi um jornalista e intelectual italiano. Cursara a faculdade de Direito na Italia. Era carbonário, como este último, sendo vinculados a uma verdadeira Internacional Republicana, a Jovem Itália, comandada por Giuseppe Mazzini desde Londres. Participou possivelmente do levante de Nápoles em 1821; depois se refugiou na Ilha de Malta, de onde passaria para a América do Sul em 1827.[1] Chegou à América pelo Uruguai, à época da Revolução Farroupilha, quando também veio Tito Lívio Zambeccari. Residiu algum tempo no Rio de Janeiro, onde foi membro da Congregação della Giovine Itália, fundada por Giuseppe Stefano Grondona.[2]
Foi também no Rio de Janeiro conheceu a Giuseppe Garibaldi, com quem se juntou à Revolução Farroupilha. Rossetti e Garibaldi transformaram seu pequeno barco comercialMazzini em corsário a serviço da República Rio-Grandense.[2] No caminho para o sul, atacaram um navio austríaco, com uma carga de café, e trocaram de navio com seus ocupantes, rebatizando a nova embarcação de Farroupilha.[2] Rossetti desembarcou no porto de Maldonado, seguindo para Montevidéu, a fim de se encontrar com Giovanni Battista Cuneo, enquanto Garibaldi foi preso pela polícia uruguaia.
Foi para o Rio Grande do Sul, onde chegou a Jaguarão, naquele momento capital da República Rio-Grandense, em 28 de julho de 1837 e logo partiu para Piratini, onde conhece os mais influentes líderes da guerra Farroupilha, como Onofre Pires, Domingos José de Almeida e Corte Real, dentre outros.[2]
Em 31 de dezembro de 1837 retorna a Montevidéu com incumbência de adquirir uma tipografia, junto com [Domingos José de Almeida]], e contratar homens para compor a marinha Rio-Grandense. Foi editor do Jornal O Povo, órgão oficial da República Riograndense, impresso com as prensas compradas Montevidéu.[2] Permaneceu no cargo até a edição 47. [2]
Participou da Tomada de Laguna, sendo nomeado secretário de Estado da República Juliana. Nesse cargo enfrentou uma série de dificuldades em seus quatro meses de existência, entre problemas econômicos e políticos, além dos militares, com falta de pessoal e de recursos.[3]
Morreu, vitima de uma lança do inimigo, durante a tomada de Viamão pelos imperiais em 1840, no posto de capitão, [4], no Combate do Passo do Vigário em novembro de 1840, quando Bento Gonçalves organizou a retirada de suas tropas sob o ataque de João Nepomuceno.[2]
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Referências

1.    BARRETO, Abbeilard. Primórdios da imprensa no Rio Grande do Sul: 1827-1850. Porto Alegre: Corag, 1986. p. 156



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O Povo (Revolução Farroupilha)



      O Povo foi um jornal brasileiro, o mais importante periódico oficial da República Riograndense.[1] Se autointitulava Jornal Político, Literário e Ministerial da República Riograndense.[2]
Editado por Luigi Rossetti, organizado por Domingos José de Almeida que havia comprado as prensas em Montevidéu, com o produto da venda de 17 escravos de sua propriedade no mesmo local.[1] A tipografia e redação foram inicialmente instaladas na mesma casa onde Rossetti morava com Giuseppe Garibaldi.[3]
Foi o primeiro periódico publicado depois da proclamação da República Rio-Grandense, iniciando suas funções, com sede em Piratini, de 1° de setembro de 1838 a 6 de março de 1839, depois o jornal transferiu-se para Caçapava, com a mudança da capital da República, continuando a ser editado até 22 de maio de 1840.[2] Foi brevemente editado porGiovanni Battista Cuneo, depois da saída de Rossetti, pouco menos de um mês antes do término do jornal, já que a tipografia farroupilha foi atacada por tropas imperiais e destruída.[2]
Era bissemanal, circulando às quartas-feiras e aos sábados, quando não havia interrupção devido a circunstâncias da guerra. Durou mais tempo e teve mais números de edições publicadas do que o jornal farroupilha anterior, O Mensageiro, que tivera pouco mais de um ano de atividade, entre 22 de abril de 1835 e 3 de maio de 1836.
Um mês e meio depois do início de sua circulação, foi proibida sua entrada em Porto Alegre.[1]


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Referências

1.    a b c MACEDO, Francisco Riopardense de. Imprensa farroupilha Volume 4 de Coleção Ensaios, Editora EDIPUCRS, 1994, ISBN 8570631405, ISBN 9788570631404, 162 pp.
3.    BARRETO, Abeillard. Primórdios da Imprensa no Rio Grande do Sul. Comissão Executiva do Sesquicentenário da Revolução Farroupilha, Porto Alegre, 1986.



Acesso: 01 /05/2012

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Giuseppe Garibaldi  Era Membro da Maçonaria 







As fontes sobre a sua iniciação e percurso maçônico são algo contraditórias: segundo alguns, foi iniciado em Itália, filiando-se depois (1837) na loja irregular "Asilo (ou Refúgio) da Virtude", do Rio de Janeiro; outros defendem que teria sido iniciado numa loja do Rio Grande do Sul, com o mesmo nome da loja do Rio de Janeiro (a loja "Asilo da Virtude", do Rio Grande do Sul, é fundada em 1833 e regularizada em 1840); outros, ainda, consideram que foi iniciado (1844) em Montevidéu, na loja "Asilo de la Virtud", loja irregular criada por norte-americanos exilados, sendo depois regularizado (18 de Agosto de 1844) na loja francesa "Les Amies de la Patrie" (fundada em 1827, loja de RF, regularizada pelo GODF em 1844 e depois integrada no Grande Oriente do Uruguai); em 1850, está filiado na loja "Tompkins" (nº 471 de Stepleton, New York); improvável será o seu putativo contacto oficial (ou reconhecimento) com a maçonaria da UGLE, dado a sua matriz conservadora. Em Março de 1862, surge como Soberano Grande Comendador do REAA do Grande Oriente de Palermo e depois, pela unificação dos três Orientes existentes em Itália (Nápoles, Turim e Palermo), é nomeado Grão-mestre do Grande Oriente de Itália (na reunião de Florença, dos dias 21 a 24 de Maio de 1864). Em 1872 é nomeado Grão Mestre Honorário "Ad Vitam" do Grande Oriente de Itália. Em 1877 a Loja "Garibaldi" de Buenos Aires nomeia-o Venerável Mestre "Ad Vitam" e, na sequência [1837-1840] da sua participação na Revolução Farroupilha do Rio Grande do Sul [iniciada em 1835  - levado a cabo pelo coronel Bento Gonçalves da Silva [importante maçom, da loja de Porto Alegre, "Filantropia e Liberdade", Domingos José de Almeida, António de Souza Netto, David Canavarro e outros – integra a construção da jovem República Rio-Grandense [que precede o triunfal movimento republicano brasileiro], recebendo a "carta de corso" e assume-se "guerrilheiro". Conhece a brasileira Ana Maria de Jesus Ribeiro (a imortalizada Anita Garibaldi) com quem casará [1842] depois, já em Montevidéu, lugar para onde vai residir [1841]. Em Montevidéu participa na defesa da cidade, organizando a "Legião Italiana" ou "camisas vermelhas". 

Em 1848 regressa a Itália com o intuito de fundar a República e unificar a Itália. Após relativos insucessos da sua ação militar e consequente exílio (Suíça e Nice), volta a Roma (onde, então, se proclama a República) como deputado republicano, mas rapidamente tem de a abandonar, depois da sua queda, sendo perseguido na fuga por exércitos de diferentes países, pelo que se retira para Tanger (1849), partindo, depois, para Staten Island (Estados Unidos). Retoma o seu trabalho nos navios mercantes, percorrendo de novo cidades e mares, restabelecendo a sua rede de amizades e cumplicidades. Em 1854 volta a Itália, participando, como comandante das forças sardo-piemontesas (do rei Vítor Emanuel II), na conquista da Lombardia (1859) aos austríacos. Determinado a não perder a ocasião, Garibaldi avança para o do sul de Itália, conquistando a Sicília, Sardenha e Nápoles. O reino de Itália está assim unificado (faltaria Roma), após proclamação (em 1861) de Vítor Emanuel II como rei. Garibaldi tenta, ainda, a anexação de Veneza (1866), a conquista de Trento, a invasão de Roma (onde obtêm um enorme desaire). Organiza a Assembleia de Livres-Pensadores, em Nápoles (1869). Morre a 2 de Junho de 1882, em Capri.


Irm.'. Giuseppe Garibaldi

Fato histórico de bastante relevância dentro da Instituição é o que se refere à epopeia da revolução Farroupilha que teve a participação de Maçons.
A Revolução Republicana do Rio Grande do Sul, iniciada em 1835, é lembrada, em muitas Lojas Maçônicas.
Vem à memória, especialmente a figura do Irm Giuseppe Garibaldi considerado um dos mais populares heróis do mundo. O conceito é alicerçado nos seus ideais maçônicos e na sua trajetória de lutas pela liberdade e pela unificação da Itália. Ferrenho defensor de idéias liberais, anticlerical e mais conhecido como "O Herói de Dois Mundos".
Na ordem atingiu o 33º. Foi eleito Grão-Mestre da Maçonaria italiana em 1864. Também foi o primeiro Grão-Mestre geral do Rito de Memphis Misraïm, naquele país. Não obstante, o Irm Garibaldi foi iniciado no Rio de Janeiro, no ano de 1844, na ARLS "Refúgio da Virtude", filiando-se depois, a 28 de agosto do mesmo ano, à Loja "Os amigos da Pátria".
Na vida profana foi um político revolucionário nascido, em 1807, em Nice (que à época pertencia à Itália, até o ano de 1860, quando passou para a França definitivamente).
Entrando para a marinha da Sardenha, aderiu, em 1833 ao movimento "Jovem Itália", de Mazzini de idéias republicanas. Envolveu-se em uma conspiração frustrada de ataque à Gênova que, descoberta (1834), obrigou-o a fugir para o Brasil e, aqui passou a lutar ao lado dos Farroupilhas em conjunto com grupo de italianos. Entre estes - cerca de 50 - havia carbonários, membros de uma sociedade secreta, segundo alguns, derivada da maçonaria, formada para lutar contra o domínio napoleônico.
Garibaldi Viveu 14 anos na América do Sul
Em 1836 recebeu um comando do general Bento Gonçalves, e participou de ataque a Laguna, em Santa Catarina, onde conheceu Ana Maria Ribeiro da Silva, em 1839 que passou à história como a celebre Anita Garibaldi com quem fugiu para Montevidéu em 1840 e que iria acompanhá-lo por toda a sua vida.
No Uruguai formou a "Legião Italiana" para lutar contra os Blancos de Rosa.
Após esses combates na América do Sul, em junho de 1848 voltou à Itália, formando no Piemonte um grupo de voluntários e o instigou a lutar em favor da unidade italiana, contra os austríacos que pouco depois foi destroçado em Custozza. No ano seguinte lutou pela república romana contra os franceses do Oudinot que sitiavam a Roma republicana e, após a queda de Roma, atravessou com seu exército a Itália Central, de novo contra os austríacos. Auxiliando no comando das tropas da Liga italiana, preparou a insurreição das Marcas e da Úmbria (1859) e exilou-se nos E.U.A., de onde voltou em 1854, para morar na Ilha de Caprera que comprara, perto da Sardenha. Quando, em 1859, estourou a guerra com a Áustria, assumiu o comando da brigada dos "Caçadores dos Alpes", derrotando o inimigo em uma série de batalhas.
Em 1860, com Crispi e Bertani, organizou a expedição dos "mil camisas vermelhas" (eram 1.089) para conquistar o Reino de Nápoles.
Desembarcou em Marsala, na Sicília, a 11 de maio, quatro dias depois derrotou o exército inimigo em Calarafimi e, em julho, estava dono da ilha.
Partindo para o continente, entrou em Nápoles a 7 de setembro e no mês seguinte destruiu o resto das tropas dos Bousbons em Volturno. A 7 de novembro acompanhou Vítor Manuel Nápoles.
Voltou à política como deputado em 1861, rompeu com Cavour que cedera Nice à França e, quando marchava sobre Roma, foi aprisionado.
Libertou-se graças a um decreto de anistia. Em 1864 foi recebido entusiasticamente em Londres. Quando, em 1866, estourou a guerra contra a Áustria, comandou no Tirol um exército de 35.000 voluntários, vencendo 6 batalhas em 17 dias. retornando à sua casa de Caprera, depois de uma invasão mal sucedida dos Estados Pontifícios em 1867, só voltou a combater na guerra Franco-Prussiana de 1870, quando derrotou os alemães em Chatillon, Autum e Dijon. À frente dos Mil ou Camisas vermelhas, expulsou os Bourbons da Sicília e de Nápoles (1860), depois combateu as tropas pontifícias e francesas de Roma, mas foi vencido em Aspromonte (1862) em Mentana (1867). Em 1870 alistou-se no exército francês. Foi eleito deputado ao Parlamento francês, mas abandonou o mandato e, em 1874 foi eleito deputado por Roma.
Um dos maiores mestres na história da estratégia militar revolucionária, Ir.  Giuseppe Garibaldi morreu em Caprera, no dia 2 de junho de 1882.

Postado por O APRENDIZ às  Sexta-feira, Agosto 26, 2011
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Aceso:  05/01/2012


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